por: George Marques Postado em: 08/03/2020 - 16:52 Atualizado em: 08/03/2020 - 22:21
Diversos eventos em comemoração ao Dia da Mulher ocorrem no Distrito Federal e em diversas cidades do país neste domingo (8/3). A maioria deles busca alertar alertar a população a combater a violência contra a mulher, contra o feminicídio e ressaltando a busca por direitos e respeito.
Concentradas no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, durante a manhã elas marcharam rumo ao Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF), para denunciar o aumento dos casos de feminicídio e os ataques aos direitos sociais sofridas pelo governo ultraconservador de Jair Bolsonaro.
Para Janaína Monteiro, vice-presidente do movimento Batalá, a escolha do protesto em frente ao governo do DF passa um recado às autoridades públicas. Ela defende uma política pública efetiva para que os casos de feminicídios na capital do país cessem.
O Batalá é uma banda de percussão feminina, que busca expressar o protagonismo da mulher, reafirmando o papel delas na sociedade e na contribuição do desenvolvimento econômico-social.
“Esse ano nós tivemos entre 44 e 46 casos de feminicídio aqui no DF”, afirmou. “Então o Batalá parte daqui, justamente a partir desse protesto que vai ocorrer no Buriti, como forma também de fortalecer a voz dessas mulheres e essa ação de defesa das vidas delas”, defendeu Janaína.
Feminicídio no DF
Entre 1º de janeiro e 4 de março de 2020, o DF registrou seis feminicídio. Conforme balanço da SSP, entre janeiro e fevereiro de 2020, foram registrados 2.574 ocorrências de violência contra a mulher. No mesmo período de 2019, foram 2.679.
As manifestações deste domingo lembraram ainda da vereadora Marielle Franco, que no próximo dia 14 completa 2 anos de seu assassinato, junto do motorista Anderson, sem que a polícia tenha apresentado quem foram os mandantes do crime.
Os protestos foram organizados por mulheres de movimentos sociais, entidades sindicais, coletivos, ONGs e militantes independentes.
Diversas seções sindicais da CONTAG, e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participaram das atividades, que tiveram ainda aulas públicas, panfletagem, apresentações musicais e performances teatrais.
