Economistas afirma que instabilidade política junto à crise sanitária serão o último empurrão em uma economia já cambaleante

Economistas entrevistados pela DW Brasil alertam que a crise após a pandemia será a pior que o Brasil já viveu. Isso porque ela surge com uma economia ainda cambaleante e em meio à instabilidade política. Além disso, não será possível contar com o setor externo, também severamente afetado pela pandemia.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3%, enquanto a mais recente previsão do governo é de recuo de 4,7%. Quaisquer desses números já representam a pior retração desde 1901, quando começou o levantamento mais confiável do indicador. Até hoje, o maior declínio foi de 4,35%, em 1990.
No entanto, não é só do PIB que se espera um recorde. A taxa de desemprego pode chegar a 18,7% no país – ante os atuais 12,2% – ao final deste ano, na estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Seria a maior desde os anos 1980, quando começou a pesquisa, segundo a coordenadora do boletim macroeconômico do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), Silvia Mattos.
Para o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, ainda há o agravante da incerteza política, que terá mais efeito no processo de retomada da economia: “Eu acho que no curto prazo o impacto mais importante é do isolamento, mas no médio e longo prazos tem o impacto da incerteza da política na rapidez com que a economia volta”, avalia.
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