
O documento com as primeiras diretrizes do PT para a elaboração do programa de governo de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) para eleições presidenciais de outubro não representa as propostas dos partidos que compõem a aliança. Por isso, novo documento que reúna as diretrizes completas está em fase de elaboração.
O ex-deputado socialista Domingos Leonelli, que representa o PSB no grupo de trabalho, afirmou que as contribuições feitas pelos socialistas ficaram de fora do documento vazado.
Por isso, enfatiza que as diretrizes apresentadas até o momento são apenas as do PT, não de um trabalho de construção suprapartidário.
Entre os pontos problemáticos observados pelo socialista estão pontos cruciais como a ausência do eixo da economia criativa como um dos pilares para o desenvolvimento do país, como defendido pelo PSB.
Em sua Autorreforma, aprovada no final de abril, o partido é enfático sobre a necessidade de aliar a tecnologia, os diferentes saberes, a cultura e a criatividade para o desenvolvimento sustentável do país.
Leia também: Diretrizes de programa de governo vazam antes do debate entre partidos aliados
Somado a isso, Leonelli enfatiza os problemas da proposta de reindustrialização do país, apresentada pelo PT, que não considerou a revolução tecnológica pela qual o mundo passa e que transformou profundamente o modo de produção, de consumo e as relações de trabalho, entre outros.
O documento também deixou de fora um tema de suma importância para a população, que é a criação de um Sistema Único de Segurança Pública que inclua a valorização dos seus profissionais.
Agora, o documento deverá ser debatido com os partidos para que, após aprovado em conjunto, passe a integrar uma plataforma digital com as propostas de governo.
Assim que o documento foi vazado, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também se manifestou sobre a importância do plano de governo contemplar toda a frente ampla que compõem a chapa nessas eleições.
“Se a gente está falando de frente ampla, devemos dar uma demonstração disso no programa, de um programa de frente, porque aí você pode agregar setores econômicos, políticos, sociais, que não sejam de esquerda, e possam ter um ponto de identidade com o programa”, escreveu Siqueira no Twitter.
Com informações da Folha