Professor que criticou violência policial e fascismo é afastado do Colégio Militar de Brasília

Conhecido como “Major Cláudio”, professor criticou abordagem da PM durante os protestos desse fim de semana e afirmou que Brasil vive retrocesso

O Colégio Militar de Brasília (CMB) decidiu afastar um professor que, em uma aula virtual na terça-feira (2), criticou abordagem policial violenta durante os protestos deste fim de semana e afirmou que “isso remete a um fascismo que nós não queremos mais no mundo”.

Aos alunos do 9º ano do ensino fundamental, o professor de geografia, identificado como Major Cláudio, relatou cena em que policial conduzia manifestante de direta que estava com um taco de beisebol e disse que era “patriota de araque”.

“No domingo, como vocês devem ter acompanhado, houve dois protestos. Uma senhora branca, falsamente com uma bandeira do Brasil nas costas, patriota de araque que ela é, e com um tremendo de um taco de beisebol: para fazer o que? O policial [disse]: ‘Não, minha senhora, saia daqui, e tal’. Enquanto que os outros manifestantes foram tratados a bomba de gás lacrimogênio”, afirmou.

O educador afirmou que ação diferenciada da PM com os apoiadores do governo “remete a um fascismo, que a gente não quer mais isso no mundo”.

Na quarta-feira (3), o coronel Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos anunciou que o educador havia sido afastado e que foi aberto um processo disciplinar.