
O setor de Investigação e Combate à Corrupção da Polícia Federal (PF) tem um novo chefe. O delegado Caio Rodrigo Pellim entrou no lugar de Luis Flávio Zampronha. A troca foi feita, nesta quinta-feira (17), pelo novo diretor-geral da corporação, Márcio Nunes de Oliveira, e altera o comando de inquéritos que investigam Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos, entre outros políticos.
É neste setor que correm as investigações sobre fake news e o financiamento de atos antidemocráticos. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), além de Bolsonaro e deputados aliados são alvo de investigação.
Também é a responsável por investigar parlamentares suspeitos de desvio de dinheiro público.
As investigações de inquéritos que tramitam tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) como no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ficam no guarda-chuva do setor de Investigação e Combate à Corrupção da PF, por meio da Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores (Cinq).
Antes de assumir o posto, Pellim foi superintendente regional do Ceará e coordenou delegacias da corporação em Rondônia e Rio Grande do Norte.
Investigações e trocas na PF
Em um dos inquéritos mais emblemáticos, Bolsonaro é investigado por tentativa de interferência política na própria PF.
Em reunião ministerial no Planalto, em abril 2020, Bolsonaro falou em alto e bom som:
“Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro e oficialmente não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f… minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Se não puder trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira.”
Foi depois desse episódio que Bolsonaro e o ex-juiz parcial e, agora, político, Sergio Moro (Podemos) romperam.
O novo chefe da corporação, Márcio Nunes de Oliveira, é o quinto delegado a ocupar o comando da PF no governo Bolsonaro na véspera do Carnaval.
O novo diretor-geral da PF era secretário-executivo do Ministério da Justiça é homem de confiança do ministro da Justiça, Anderson Torres, pasta a que a PF é vinculada.
Com informações do g1