
O presidente da Petrobras Joaquim Silva e Luna foi cobrado pela Política de Paridade Internacional (PPI), nesta terça-feira (14), na Câmara dos Deputados. A PPI faz que com os preços dos combustíveis da Petrobras acompanhem a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional e do dólar, o que acontece desde 2016.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a gasolina acumula alta de preço de 31,1% entre janeiro e agosto, contra uma inflação geral de 5,7% (IPCA). O diesel e gás de cozinha (GLP) também concentram altas (28% e 23,8%, respectivamente). O valor dos combustíveis impacta a geração das usinas termelétricas movidas a gás natural e óleo diesel.
Durante o debate com os deputados, na comissão geral, o presidente da Petrobras não chegou a fazer uma defesa direta da política de paridade internacional, mas afirmou que as regras atuais permitiram que estatal recuperasse o lucro, que foi de R$ 42,8 bilhões no 2° trimestre de 2021, contra prejuízo de R$ 2 ,7 bilhões registrado no mesmo período do ano passado.
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Ele também disse que a estatal não repassa para os combustíveis a volatilidade do mercado.
“Todo o custo que exige de produção tem sido colocado com o máximo de cuidado na hora de fazer as mudanças [dos preços]”, declarou.
Ainda segundo Luna, a estatal responde por apenas 34% do preço do litro da gasolina na bomba. O restante é margem de lucro de postos e refinarias, tributos federais e estaduais e o custo do etanol misturado.
Além do preço dos combustíveis, os deputados cobraram da Petrobras o fornecimento de gás natural para as termelétricas, que devido à crise hídrica respondem hoje a cerca de 28% da produção de energia elétrica no Brasil.
Com informações da Agência Câmara de Notícias