
O conselho do povo Terena está reunido desde a última quarta-feira (17) para discutir estratégias de luta e sobrevivência pós-pandemia, durante a 15ª Grande Assembleia Terena na aldeia Mãe Terra, terra indígena Cachorrinha, no município de Miranda em Mato Grosso do Sul.
“Após a grande crise sanitária, percas de nossos parentes para o vírus e pelo projeto genocida do atual governo, o povo Terena retoma a tradicional assembleia com força dos ancestrais e ações políticas”, diz a nota dos Terena distribuída à imprensa pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
No Twitter da APIB, jovens Terena convidam “os parentes” para a assembleia “Hánaiti Ho’únevo Têrenoe”, na lingua nativa.
Na primeira noite de acolhimento para a atividade que vai até o dia 20 de novembro o povo iniciou com uma recepção cultural as lideranças dos territórios, convidados, outros povos e aliados das causas indígenas. O abertura do evento foi transmitida pelas redes sociais de grupos indígenas e representantes, como o Centro de Trabalho Indigenista.
Nesta quinta-feira (18), a programação continua com análises das políticas indígenas, plenária sobre participação indígena na política, lançamento do livro “Vukupanavo” e plenária da juventude Terena.
Povo Terena
O povo Terena construiu uma forma bastante própria de relação com a sociedade envolvente: desde os mais velhos até as lideranças mais jovens, eles se orgulham de terem estudado. Em outros tempos, os Terena viam a educação como preparação para atuar na relação com os não índios e mesmo para entrar no mundo do trabalho da sociedade não indígena.
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Os Terena são conhecidos como um povo agricultor, devido aos conhecimentos e apreço pela agricultura, de acordo com informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Com informações da APIB e do CIMI