
A mal contada história de como o ex-juiz parcial e agora pré-candidato à presidência, Sérgio Moro, foi parar na Alvarez & Marsal, consultoria norte-americana contratada pela Odebrecht para sua recuperação judicial, e as possíveis ilegalidades que ele pode ter cometido têm chances de ser explicadas já que Moro está na mira do Tribunal de Contas da União (TCU).
O ministro da Corte de contas Bruno Dantas determinou que a consultoria da qual o ex-juiz parcial se tornou sócio-diretor em novembro de 2020 revele quanto pagou a Moro quando ele deixou a empresa, em outubro deste ano.
O objetivo é saber se ele se beneficiou de informações privilegiadas que recebeu enquanto juiz da Lava Jato em seu trabalho na Alvarez & Marshal e os possíveis conflitos de interesse do caso.
Moro foi o responsável por decisões judiciais envolvendo a Odebrecht bem como os acordos de leniência – espécie de delação premiada firmada com empresas – firmados na Lava Jato.
Do outro lado do balcão, o ex-juiz foi trabalhar na consultoria que administra a recuperação judicial justamente da Odebrecht. O que ligou o farol vermelho do Ministério Público (MP) que desde o início do ano já havia solicitado informações sobre o contrato de Moro e, no final de 2021, voltou a pedir explicações. Desta vez, sobre o desligamento dele para mergulhar de vez na carreira política.
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Por isso, Bruno Dantas também determinou o levantamento de todos os processos de recuperação judicial em que a consultoria Alvarez & Marsal atuou no período no período da Lava Jato.
No começo deste ano, o ministro do TCU já havia classificado fatos envolvendo a relação entre a empresa norte-americana e Moro como “gravíssimos”.
Moro tenta se esquivar das acusações e nega qualquer irregularidade.
Com informações do Poder 360