
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, afirmou nesta quarta-feira (16) que o míssil disparado contra o país nesta terça provavelmente saiu da Ucrânia. Duda também declarou não haver provas de que o ataque tenha sido intencional.
A Polônia ainda está analisando a possibilidade de utilizar o Artigo 4 da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas parece que pode não ser necessário usar essa medida, disse o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki.
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O Artigo 4 da Otan diz que “as Partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes”.
O ataque
Duas pessoas morreram nesta terça-feira na Polônia após o disparo do míssil. A princípio, acreditava-se que o míssil seria da Rússia, porém, a versão mais aceita atualmente é de que ele foi um erro do sistema antiaéreo da Ucrânia.
O míssil caiu em uma fazenda de grãos no vilarejo de Przewodów, que fica no leste da Polônia, próximo à fronteira com a Ucrânia. De acordo com o governo polonês, a cidade foi atingida por volta das 15h40 no horário local (11h40, no horário de Brasília).
Rússia nega autoria
Antes de a Polônia afirmar que seu território foi sido atingido por um míssil russo, o Ministério da Defesa da Rússia negou a alegação, que classificou como “uma provocação deliberada com o objetivo de agravar a situação“.
Em comunicado, o governo russo afirmou que “nenhum ataque a alvos perto da fronteira entre Ucrânia e Polônia foi feito por meios de destruição russos”. Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que não tem informações sobre o incidente.