
A Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou no fim desta segunda-feira (7) a decisão do chefe do órgão, Augusto Aras, de prorrogar as autuações das forças-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná e no Rio de Janeiro, conforme noticiou a Coluna Radar, da Revista Veja.
De acordo com a Procuradoria, no caso de Curitiba, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, criado há quatro meses, passa a auxiliar o trabalho, elevando para 19 o total de membros do Ministério Público Federal (MPF) com designação para atuar nas investigações em curso. Para isso, as atividades dos procuradores do Paraná serão estendidas até outubro do ano que vem.
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No Rio de Janeiro, onde a providência inclui a integração da força-tarefa ao Gaeco, a portaria prorroga as atuais designações até 31 de janeiro. “As medidas resultam de diálogos entre a administração superior, os procuradores naturais dos casos e as chefias das respectivas unidades do MPF”, diz a PGR.
Na prática, os integrantes do Gaeco passam a colaborar também nos casos da Lava Jato. A atuação conjunta entre forças-tarefa e Gaeco faz é uma etapa da transição iniciada pela PGR. A ideia é que, a longo prazo, sejam criadas novas unidades de combate à corrupção no MPF, chamadas de novos ofícios, que a longo prazo passem a assumir o acervo da operação.
Atrito de Aras e da Lava Jato
Em julho deste ano, a fala Augusto Aras sobre “corrigir rumos” da Lava Jato provocou uma ‘saia justa’ entre a PGR e membros da força-tarefa.
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Ao participar de um debate virtual, promovido por um grupo de advogados, Aras disse, à época: “Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure. Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais.”
Na ocasião, a Lava Jato no Paraná disse que enxergava “ataques genéricos e infundados às atividades de procuradores da República”, além de “tentativas de interferir no seu trabalho independente”.
Com informações da Veja e do G1
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