
Uma pesquisa tem indicado que sete em cada dez quilombolas da Amazônia Legal possuem renda familiar de até um salário mínimo mensal. O dado socioeconômico faz parte do estudo “Quilombos e Quilombolas na Amazônia – Os desafios para o (re)conhecimento”, que utilizou ferramentas tecnológicas, como as de georreferenciamento, utilizadas pelos próprios moradores dos quilombos.
O trabalho foi realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas (Conaq) em parceria com a Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e Google Earth Outreach.
No que se refere à principal fonte de renda das comunidades, a pesquisa aponta a prevalência da agricultura, segundo 49% dos entrevistados. Já o programa Bolsa Família, legado dos governos Lula e Dilma Roussef, é acessado por 87% dos integrantes dessas comunidades.
De acordo com a análise, o auxílio emergencial transferido pelo governo federal durante a pandemia mantém a renda de 31% dos quilombolas entrevistados.
A coordenadora da Conaq, Givânia da Silva destaca a importância das ferramentas tecnológicas para a coleta e aferição de informações em locais isolados geograficamente.
“Uma experiência de sucesso, além de ter revelado dados que, sem eles, seriam mais difíceis. A nossa expectativa é de que a gente possa ampliar ações como essa para outras regiões do Brasil”, avalia
Protagonismo na pesquisa

Por meio dos programas Novas Tecnologias e Povos Tradicionais e Compartilhando Mundos, ferramentas tecnológicas foram disponibilizadas aos quilombolas, que capacitados puderam levantar dados dentro da própria comunidade.
O levantamento contemplou seis estados e 107 quilombos da Amazônia Legal. Só no Pará, foram analisadas 55 comunidades. Outras 22, no Amapá; oito, em Rondônia.
As informações usaram recortes de sexo, faixa etária, além de contabilizar a quantidade de famílias por casa, pessoas fora da comunidade e egressos.
Conheça aqui a pesquisa completa.
Com informações do Alma Preta.