
Após 15 dias da chamada quarentena rígida contra o novo coronavírus em Pernambuco, com restrição de circulação de carros e de pessoas no Recife e em quatro cidades da região metropolitana, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou na segunda-feira (1º) a retomada gradual das atividades econômicas.
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Pernambuco foi um dos primeiros estados do Brasil a adotar medidas restritivas. O primeiro decreto, com regulamentação para evitar aglomerações, foi assinado em 13 de março.
A partir de segunda (8), serão liberadas obras de construção civil, desde que funcionem com 50% da carga de trabalhadores, e o comércio atacadista, das 9h às 18h. O protocolo de distanciamento social, higiene e monitoramento deve ser cumprido. Praias, parques e calçadões permanecem fechados.
No próximo dia 15 (segunda-feira), salões de beleza, barbearias e serviços de estética vão ser liberados para atendimento de um cliente por vez. Lojas de varejo de bairro que tiverem até 200 m2 estarão autorizadas a retomarem a atividade a partir desse dia.
Shoppings centers, centros comerciais e praças de alimentação poderão funcionar apenas para entrega de produtos nos pontos de coleta, também a partir do dia 15 de junho.
Flexibilização
O plano de reabertura gradual, de acordo com o governo, só será finalizado totalmente após 11 semanas. Na tarde de segunda (1°), autoridades sanitárias estaduais informaram que o momento aponta para a tendência de uma estabilização da curva dos casos da Covid-19.
O patamar, porém, ainda é bastante elevado. Três dados básicos para decisão de colocar em prática o plano de flexibilização foram analisados durante 22 semanas epidemiológicas: número de casos da doença, quantidade de óbitos e pressão no sistema de saúde por demanda de vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de enfermaria.
Nas últimas semanas, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) registrou uma diminuição na fila por uma vaga de UTI para pacientes com síndrome respiratória aguda grave.
Com informações da Folha de S. Paulo.