
No último domingo (21), o governo contrariou as suas últimas ações e não prestigiou as manifestações em favor do presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Nos atos mais recentes, o próprio presidente ou ministros costumavam aparecer para demonstrar apoio à militância bolsonarista.
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Bolsonaro, ontem, preferiu voar até o Rio para participar do velório do soldado paraquedista Pedro Lucas Ferreira Chaves, que morreu na manhã de sábado, depois de um acidente perto da Base Aérea do Campo dos Afonsos, na Zona Oeste. Na ocasião, ele evitou a imprensa.
Turbulência
O presidente teve uma semana conturbada, com operações policiais contra apoiadores, investigados em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre organização e financiamento de atos antidemocráticos, e a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Queiroz estava em imóvel do advogado de Bolsonaro e de Flávio, Frederick Wassef.
No velório do paraquedista, o presidente ressaltou que o papel das Forças Armadas é defender a democracia, frisando que os militares devem estar preparados para dar suas vidas pela pátria e pela liberdade.
“Diz o ditado que pior do que a dor da derrota é a dor da vergonha de não ter lutado. Todos nós, ao lado do Chaves, devemos nos preparar, se um dia a nação assim o pedir, se preciso for, darmos a nossa vida pela nossa pátria e pela nossa liberdade” disse, após lamentar a morte do jovem.
Em seguida, o presidente Jair Bolsonaro se dirigiu aos pais do jovem morto.
“Peço a Deus que estenda suas mãos sobre toda a nossa pátria querida, que afaste de todo o mal a intenção daqueles que não querem que nós fiquemos livres. Nós somos fortes. Temos um objetivo. Por vezes não sabemos onde podemos chegar. Mas todos nós chegaremos ao bom destino. A nossa missão, a missão das Forças Armadas é defender a pátria, é defender a democracia”, completou.
Com informações do O Globo.