
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, 57 anos, confirmou nesta quarta-feira (21) que testou positivo para a Covid-19, se tornando o 12º integrante do alto escalão do governo a contrair a doença.
Segundo informações divulgadas pela assessoria do ministério, o general apresentou febre baixa e mal estar. Ele já estava indisposto no começo da semana e, na terça, já com a suspeita da doença, ainda aguardava o resultado de exames.
A ausência de Pazuello foi sentida na cerimônia de anúncio do resultado de um estudo clínico sobre o novo coronavírus no Planalto, ocorrida na última segunda (19). Na data, Bolsonaro, sem maiores detalhes, disse que o mesmo havia tido uma “indisposição” e dirigiu-se ao hospital.
“Talvez pela sua silhueta… ele teve uma pequena indisposição e foi para o hospital. Mas já tenho notícia, está tudo bem tudo tranquilo, e espero falar com ele daqui a pouco. Com toda a certeza ele gostaria muito de estar presente aqui”, justificou.
Na terça, Pazuello cancelou a agenda que contava com reuniões com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e os deputados Laércio Oliveira (PP-SE), Dr. Zacharias Calil (DEM-GO) e Filipe Barros (PSL-PR). O general manteve apenas o compromisso de reunião com governadores. A reunião com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que está em Brasília nesta quarta (21), também foi cancelada.
O diagnóstico de Pazuello ocorre em meio a um atrito político envolvendo a vacina chinesa. Após reunião, Pazuello anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o governador tucano. A compra, no entanto, foi desautorizada nesta quarta pelo presidente, que disse que “a vacina chinesa não será comprada”.
Nesta quarta, a pasta de Pazuello divulgou uma nota de esclarecimento.
Infectados no Planalto
A lista de infectados no Planalto ainda é formada por Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Bento Albuquerque, do Ministério de Minas e Energia (MME); Onyx Lorenzoni, do Ministério da Cidadania; Milton Ribeiro, do Ministério da Educação; Marcos Pontes, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações; Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU); Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil; Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência da República; Marcelo Álvaro Antonio, do Ministério do Turismo; e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo;.
Além disso, o próprio presidente foi vítima da pandemia. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e um dos filhos de Bolsonaro, Flávio (Republicanos-RJ), também foram diagnosticados com a doença. Fábio Wajngarten, atualmente secretário-executivo do Ministério das Comunicações, também teve diagnóstico confirmado quando ainda era secretário da Secretaria de Comunicação da Presidência.