
Nesta segunda-feira (7), o comandante do Exército, general Paulo Nogueira, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito da Defesa. A homenagem é vista como resultado da absolvição do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, pela cúpula do Exército Brasileiro por participação em ato político no Rio de Janeiro em favor de Jair Bolsonaro (sem partido).
A promoção do general Nogueira à ordem foi feita em decreto publicado na edição desta segunda do Diário Oficial da União. A condecoração da Ordem do Mérito da Defesa é concedida em quatro níveis: grau de Grã-Cruz, grau de Grande-Oficial, grau Comendador e grau de Oficial.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro também foi condecorada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito da Defesa.
Condecorado após não unir Pazuello
O decreto ocorre após o anúncio do Exército em não punir Pazuello por ter participado do ato político com Bolsonaro no dia 23 de maio no Rio de Janeiro, desrespeitando protocolos sanitários contra o contágio do coronavírus, violando regras militares, que vetam participação de quadros da ativa, como é o caso dele, em atividades político-partidárias.
O comandante condecorado concluiu que Pazuello não cometeu “transgressão disciplinar” ao subir em carro de som e discursar em defesa de Bolsonaro. O procedimento administrativo contra ele foi arquivado. Em comunicado oficial o Exército informou que, no entendimento do comandante, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello”.
Condecorados
Além deles, receberam a condecoração o chanceler Carlos Alberto de Franco França, que substituiu Ernesto Araújo no Itamaraty, e o general Luiz Carlos Gomes de Mattos, presidente do Superior Tribunal Militar, além de outros seis militares. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também figura entre os condecorados.