
Com a União Europeia (EU) propondo parceria aos Estados Unidos (EUA) com Joe Biden, a pressão sobre o governo de Jair Bolsonaro na área ambiental tende a redobrar. Após quatro anos de tensões causas por Donald Trump, a iniciativa partiu de Bruxelas.
Leia também: Acordo UE-Mercosul depende de ações concretas do Brasil contra desmatamento
A estratégia visa a China, mas passa pelos mais diferentes temas, desde regulação digital, combate a Covid-19, reforço da democracia, além de ampliar o foco sobre sustentabilidade, o que terá impacto no Brasil.
“A UE e os EUA também devem se associar para liderar a luta contra o desmatamento global, restringindo a produção e o consumo de produtos que impulsionam o desmatamento”, diz o documento europeu.
Bruxelas sugere aos EUA trabalharem juntos “para proteger nosso planeta e nossa prosperidade”, estabelecendo um programa ambiental transatlântico global.
“Isso poderia fazer parte da agenda de comércio verde e também ver como podemos trabalhar juntos na restauração da natureza e no reflorestamento em casa e em todo o mundo.”
O documento surge na mesma semana em que o Inpe divulga dados alarmantes sobre o Brasil. Segundo o instituto, houve alta de 9,5% no desmatamento na Amazônia, atingindo 11.088 km² entre 1º de agosto de 2019 e 31 de julho de 2020, a maior taxa registrada desde 2008.
Também fazem parte das propostas da UE uma iniciativa conjunta em comércio e clima, medidas visando evitar as fugas de carbono. Da Coreia do Sul à África do Sul, da China ao Japão, nota-se países em torno do mundo agora alinhados no compromisso de emissões liquidas zero até 2050.
Com informações do Valor Econômico