
Uma semana após o governo francês impor uma nova quarentena, novas restrições foram anunciadas na capital, Paris, nesta quinta-feira (5). No mesmo dia, a Grécia determinou uma quarentena nacional de três semanas e Portugal decretou estado de emergência a partir de segunda-feira.
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No caso da capital francesa, estabelecimentos que vendem comida e bebida para viagem precisarão fechar às 22h, disse a prefeita Anne Hidalgo em entrevista.
França: Necessidade de medidas mais rígidas
A atual quarentena na França é diferente da imposta em abril. Agora, a maioria das escolas continua aberta, a realização de funerais não foi proibida e os serviços públicos seguem funcionando. A saída de casa também é permitida para uma hora diária de exercício, compra de bens essenciais e atendimento médico.
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Apesar da quarentena, no entanto, autoridades francesas acreditam que mais medidas devem ser consideradas em Paris por causa do grande número de pessoas nas ruas da capital.
Uma fonte do governo disse à agência Reuters esta semana que “testas clandestinas, raves e jantares privados” estavam ocorrendo e que mais medidas eram necessárias.
“Quando há pessoas que não seguem as regras do jogo e, portanto, estão pondo em risco a saúde de um grande número de pessoas, é preciso botar em prática novas restrições – disse a prefeita Anne Hidalgo.
Em Portugal, a partir de segunda-feira, o país estará em estado de emergência sanitária por duas semanas. Isso irá permitir que o governo aumente as medidas restritivas para tentar frear o avanço da Covid-19.
“A segurança jurídica das medidas adotadas ou que serão adotadas pelas autoridades competentes […] exige a implementação de um estado de emergência de alcance muito limitado e de efeitos amplamente preventivos”, diz o texto assinado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que deverá ser aprovado pelo Parlamento hoje. Entre as medidas que o decreto permitirá está “a proibição de circular em via pública em certos períodos do dia ou em dias da semana”.
Portugal: possível toque de recolher
Desde quarta-feira, sete de cada dez portugueses estão submetidos a um novo confinamento, menos rigoroso que o primeiro, durante pelo menos duas semanas em 121 dos mais de 308 municípios do país.
O primeiro-ministro, António Costa, não descarta determinar um toque de recolher. De acordo com a universidade estadunidense Johns Hopkins, o total de infecções é de 161.350 e 2.740 óbitos no país.
Grécia: quarentena por três semanas
Já a Grécia determinou ontem uma nova quarentena nacional de três semanas por causa do aumento no número de casos de Covid-19.
“Decidi tomar medidas drásticas mais cedo”, afirmou o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis.
O premier afirmou anteriormente que uma quarentena nacional era a última opção, mas disse que foi forçado a agir após o crescimento de infecções nos últimos cinco dias, alegando que sem um bloqueio a pressão sobre o sistema de saúde seria “insuportável“.
Noruega e Reino Unido: cidadãos em casa e redução de interações sociais
Na Noruega, o governo determinou que bares devem fechar até meia-noite e pediu aos cidadãos que fiquem em casa o máximo possível e reduzam as interações sociais. Na semana passada, o país já havia aumentado as restrições relativas a reuniões e à entrada de trabalhadores estrangeiros no país por causa do aumento de casos da Covid-19.
Uma nova quarentena também foi iniciada ontem na Inglaterra. Bares, restaurantes e estabelecimentos essenciais terão que fechar sob a nova regulamentação, e as pessoas devem ficar em casa, com algumas exceções referentes a casos de educação, saúde e trabalho. As escolas permanecerão abertas.
O Reino Unido, que tem o maior número de óbitos no continente -47 mil já morreram desde o início da pandemia – já soma mais de 1,1 milhão de casos da Covid-19. As restrições valem apenas para a Inglaterra. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm suas próprias medidas restritivas.
Com informações do jornal O Globo