
O PSB e outros partidos de oposição apresentaram representação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor de Logística da pasta, o general Ridauto Fernandes.
O objetivo é apurar o desperdício absurdo de medicamentos que estão vencendo em um depósito do governo em São Paulo. O caso foi revelado em reportagem desta segunda-feira na Folha. Assinam a ação
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), criticou o abandono da população por parte de Bolsonaro e os ataques à democracia.
De acordo com Molon, o presidente “cria novos problemas” ao invés de “governar e resolver problemas que já existem e que não são poucos”. O vencimento, disse Molon, “é uma irresponsabilidade que não pode ficar impune”.
O material não tem mais qualquer serventia e será incinerado.
De acordo com o jornal, o governo deixou de distribuir a unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo país cerca de R$ 240 milhões em medicamentos, testes de diagnóstico e vacinas que agora passaram da data de validade e vão precisar ser jogados fora.
Esta não é a primeira vez que volumes gigantescos de insumos de saúde ficam largados e estragam durante a atual gestão federal.
esde de que Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto, quase 3,7 milhões de itens já ultrapassaram o prazo de validade estipulado por seus fabricantes e precisaram ser descartados.
Entre os itens que a pasta da Saúde deixou vencer estão 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B e varicela, que custaram R$ 50 milhões. As coberturas vacinais para essas doenças são justamente aquelas que vêm caindo mais nos dados sanitários sobre imunização no Brasil.
Já os medicamentos que não foram utilizados correspondem a milhões de doses destinadas a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que sofrem de câncer, tuberculose, hepatite C, Parkinson, Alzheimer, esquizofrenia, problemas renais e artrite reumatoide, além de imunossupressores aplicados em transplantados.
Com informações da Veja