
Logo após o Senado aprovar a Medida Provisória (MP) 1.031/21, apresentada pelo governo Bolsonaro, que permite a privatização da Eletrobras, na quinta-feira (17), senadores de oposição garantiram que vão continuar lutando contra a proposta e que, para isso, vão acionar a Justiça.
“Vou entrar com ação no Supremo Tribunal Federal para reverter a ilegalidade que foi cometida hoje no Senado na votação da privatização da Eletrobras. Um absurdo que não pode passar em branco”, anunciou, pelas redes sociais, o senador Cid Gomes (PDT-CE).
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Socialistas reagem MP do Apagão
O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ) criticou a aprovação da MP da privatização da Eletrobras, no Senado. O socialista ressaltou no Twitter que a MP é “um desserviço para o país e para os brasileiros, que vão pagar uma conta de luz ainda mais alta”.
O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AM) também mostrou sua indignação com a aprovação da “MP do Apagão”. Capiberobe destacou a situação de calamidade que o Amapá vive e disse que ” o Brasil precisa ir às ruas contra a nacionalização da política do apagão”.
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Compra de votos
Senadores também denunciaram durante sessão plenária na tarde da quinta-feira (17) que o Planalto estaria fazendo adaptações no texto da Medida Provisória 1.031, a MP da privatização da Eletrobras, para “comprar” votos de senadores que não iriam aderir à proposta.
“Tornaram essa matéria urgente e, em nome disso, estão fazendo absurdos. Não permitamos o que está se fazendo à sombra da noite, nesta madrugada, de troca de voto, de compra de voto. Compra de voto, é isso que aconteceu! Foram 2 mil megawatts para Goiás, foram R$ 700 milhões para o Piauí, 2 mil megawatts para o Rio de Janeiro… É isso que vai permitir que nós aprovemos e sejamos desmoralizados pelo Supremo Tribunal Federal?”.
Cid Gomes
Com informações da Revista Fórum