Tanto Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), estão impedidos de concorrer na eleição que renovará a cúpula do Congresso

De acordo com o Estadão, após a racha do Centrão, os votos dos partidos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro passaram a ser agora o “fiel da balança” para eleger o sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara. Os 48 pedidos de impeachment contra o presidente reforçam a importância das eleições do Congresso.
Há quinze dias, Maia chegou a se reunir pessoalmente com a oposição para discutir a agenda do segundo semestre antes das disputas municipais, mas a conversa também tratou de sua substituição, em fevereiro de 2021. A estratégia desenha para derrotar o candidato de Bolsonaro na disputa pela presidência da Câmara.
Tanto Maia como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), estão impedidos de concorrer porque a Constituição impede que presidentes da Câmara e do Senado sejam reconduzidos aos cargos na mesma legislatura.
No entanto, o presidente do Senado tem feito articulações para derrubar essa proibição e conta com aval de aliados para uma consulta ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que seu mandato é de oito anos, terminando apenas em 2022. Maia tem dito que não será candidato sob nenhuma hipótese.
A disputa pelo comando do Congresso
Embora a eleição que renovará a cúpula do Congresso seja daqui a sete meses, os pré-candidatos já se movimentam em busca de apoios divididos em três blocos informais. Um deles, em torno de Maia, abriga o DEM, o PSDB, o MDB, a parte do PSL rompida com Bolsonaro e o Cidadania, entre outro partidos.
Uma segunda ala, hoje chamada de “Centrão bolsonarista” é dirigida pelo deputado Arthur Lira (AL) e reúne partidos como Progressistas, PL, PSD e Republicanos. O terceiro campo é formado pela oposição, com o PT, PSB, PDT, PSOL, PC do B, PV e Rede, além de outros “desgarrados” que podem se compor com a esquerda.