
Integrantes do Núcleo Bahia da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e do Comitê Fora Bolsonaro de Trabalhadoras e Trabalhadores do Judiciário cobram da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Bahia (OAB-BA) posição favorável ao impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). Os juristas e servidores do Judiciário também pedem que a OAB Nacional defenda o impedimento do presidente da República.
Os representantes da ABJD e do Comitê Fora Bolsonaro entregaram, nesta quarta-feira (14), ao presidente da OAB-BA, Fabrício Castro, um documento que pleiteia da Entidade a posição favorável ao Impeachment de Bolsonaro e que, em âmbito nacional, defenda essa posição.
Leia o documento
O encontro, que contou com a participação de Denise Carneiro, Sara Mercês, Marília Lomanto, Thiago Campos, Akhaenaton Argolo e Willadesmon Silva, foi realizado no escritório de Castro, em Salvador.
Conselho da OAB-BA decide posicionamento hoje
O Conselho Federal da Ordem se reunirá no próximo dia 20 para decidir sobre o posicionamento que será adotado e a Seccional baiana se reunirá nesta quinta (15). Ambas as transmissões serão transmitidas pelos Canais do YouTube das Entidades.
A carta entregue ao presidente da OAB-BA é uma síntese do super pedido de impeachment, protocolado no início deste mês, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O documento de quatro páginas, assinado pelos integrantes das organizações, lembra do papel histórico da Ordem no enfrentamento à Ditadura, ressalta a importância da garantia dos direitos e lista 21 motivos que justificam a necessidade do afastamento imediato de Bolsonaro.
“Diante de tantas evidências do cometimento de crimes cometidos pelo presidente da República, outra solução não se espera da OAB Nacional senão a de, alinhada à sua história em prol da democracia, somar-se às demais organizações e requerer o impedimento do chefe do Executivo Nacional”, diz o documento.
Dentre as razões elencadas estão a desastrosa gestão do país na maior tragédia sanitária da atualidade, com um saldo de mais de 530 mil mortos, os constantes ataques à democracia e às instituições, a violação de direitos constitucionais, os diversos crimes de responsabilidade praticados pelo presidente, dentre outras.