
Procuradores da Lava Jato de Curitiba (PR) trocaram mensagens nas quais faziam investidas contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Contas da União (TCU). A revelação foi feita pela Operação Spoofing, que divulgou uma nova leva de mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa. A informação foi reportada pela jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil.
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Neste final de semana, o TCU abriu uma investigação para levantar todas as ligações do Tribunal para membros da Lava Jato. Existe a suspeita de que um técnico invadiu o sistema para fornecer dicas para a equipe da força-tarefa na capital paranaense, incluindo informações sigilosas.
O ministro do TCU Bruno Dantas disse que, no momento, não vai pedir cópias das mensagens entre os procuradores, mas caso necessário, poderá solicitar o material.
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Já o presidente do STJ, Humberto MartinS abriu inquérito na sexta-feira (18), para apurar as informações de que a força-tarefa da Lava Jato tinha conversas com integrantes da Receita para investigar membros do STJ e seus parentes de maneira extra-oficial.
Martins tem parentes citados em investigações da Lava Jato, assim como outros ministros do STJ.
Mensagens de Érika Marena
Nesta terça-feira (23),o Supremo Tribunal Federal (STF) pediu que o ministro da Justiça, André Mendonça, explique a “ajuda” de integrantes da Polícia Federal a procuradores da Operação Lava Jato. O pedido surge como um desdobramento da revelação de que a delegada Érika Marena forjou e assinou depoimentos que jamais ocorreram para colaborar com a força-tarefa, tudo isso com a anuência dos procuradores de Curitiba.
Os novos diálogos foram enviados à Corte pela defesa do ex-presidente Lula na segunda-feira (22). De acordo com informações obtidas pela colunista Mônica Bergamo, divulgadas nesta terça-feira (23), o ministro, ao qual a PF é subordinada, afirmou que averiguaria os fatos.
Com informações da Folha de S.Paulo e CNN Brasil