
A Comissão para Narcóticos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira (2) a retirada da maconha para uso medicinal da lista de drogas mais perigosas do mundo. A nova classificação retira o produto de uma lista de narcóticos mais perigosos, como a heroína. Contudo, todas as demais resoluções propostas para garantir maior liberdade de uso ainda não foram aprovadas.
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Composta por 53 Estados-membros, a comissão considerou uma série de recomendações feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para reclassificar a planta e seus derivados. O Brasil votou contra a proposta, assim como fizeram regimes como China, Egito, Rússia ou Turquia.
Maconha e o uso terapeutico
Em 1961, o comitê estabeleceu uma lista com quatro tabelas de classificação, sendo a primeira para as drogas mais leves e a última para as mais pesadas. Uma segunda recomendação da OMS, que reclassificaria os derivados da cannabis, como o dronabinol e o THC, no nível mais baixo das tabelas, não ganhou apoio para ser aprovada.
O voto também ocorre ao mesmo tempo em que diversos países levam adiante a pauta para a legalização da cannabis e seus derivados, muitos deles para uso terapêutico. O México foi um dos últimos países a legalizar o uso recreativo. Nos Estados Unidos, eleitores aprovaram a descriminalização da cannabis em diversos estados.
Ao reclassificar o produto, a ONU ainda abre espaço para um número maior de pesquisas e um reconhecimento de sua utilidade médica.
Com informações do Estadão
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