
O senador Major Olímpio (PSL-SP), líder da sigla no Senado, declarou na terça-feira (26) que está sendo pressionado por colegas da Polícia Militar a ter “lealdade cega” ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na ocasião, Olímpio disse que Bolsonaro rompeu com ele “de forma pessoal” para “proteger filho bandido”, registra o Estadão.
A indignação do senador, eleito no fluxo do bolsonarismo em 2018, com mais de 9 milhões de votos, repercutiu entre policiais após ele responder ao áudio de um colega que o procurou.
“Era um conversa privada, mas ele resolveu dar publicidade”, disse o parlamentar.
Resposta
Em resposta ao colega, o senador explica que o motivo do rompimento com Bolsonaro foi ele ter assinado, junto com outros senadores, o requerimento para a criação da CPI da Lava Toga.
“Quem se desviou foi o presidente (Bolsonaro), que não quis que eu assinasse a CPI da Lava Toga para proteger filho bandido. Eu não tenho bandido de estimação. Isso de palavrão em reunião (ministerial) é besteira”, disse em á gravação.
E, por conta dos atritos com a família bolsonaro, ele anunciou que decidiu abandonar uma eventual candidatura ao governo de São Paulo e a política após o término de seu mandato, em 2026, conta o jornal.
“Todo mundo sabe que meu sonho era disputar o governo em 2022, mas estou fora”, disse Olímpio ao Estadão, e reiterou: “Não quero mais me candidatar. Estou enojado com essa situação. Policiais militares estão me cobrando lealdade cega ao presidente. Me chamaram de traíra. Não sou traíra. Quem está desviando conduta é o presidente”.
Na época, Flávio Bolsonaro, que hoje está no Republicanos, foi o único dos quatro senadores do PSL que não assinaram a petição pela abertura da comissão.
Com informações do Estadão.