
Entre a gravação lida pelo presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira (31/3) e a sua postagem hoje (2/4) com o fortíssimo depoimento de uma senhora em frente ao Planalto pedindo os militares na rua para o fim da quarentena, fica claro que o verdadeiro Bolsonaro é o da postagem.
Parece evidente que a gravação da fala da professora, na verdade compõe uma peça publicitária muito bem produzida por profissionais de propaganda.
A quase perfeição da imagem, o ângulo perfeito da câmera, a inclusão da filha chorando, a nitidez do áudio. Tudo perfeito demais para ser espontâneo.
Na verdade, a melhor peça de propaganda do “gabinete do ódio” até agora produzida.
A participação do Presidente curta, mas convincente: “A senhora pode ter certeza de que fala por milhões de brasileiros”, disse Bolsonaro.
Um presidente com um mínimo de consciência humanitária e que respeitasse a dignidade do seu cargo diria “entendo a senhora, mas a opção de acabarmos agora a quarentena vai significar a morte de milhares, talvez milhões de brasileiros”.
Mas não, o presidente prefere, mais uma vez, a demagogia irresponsável para respaldar sua inépcia.
Pacto Nacional pela Sobrevivência
Isso faz da proposta do PSB divulgada hoje pelo presidente do Partido, Carlos Siqueira, a ideia mais atual e mesmo urgente para essa crise politica que se soma à pandemia do Coronavírus: um Pacto Nacional de Sobrevivência (a palavra é essa mesmo) em que os governadores dos Estados, o presidentes da Câmara do Deputados e do Senado Federal, representantes dos prefeitos e do Judiciário, do Governo Federal para coordenar a ações destinadas ao enfrentamento da pandemia.
O PSB propõe que esse pacto cumpra um programa de ações concretas vão da reconversão de algumas área de nosso parque industrial até a renda básica universal (para todos).