
No plenário, o líder do PSB na Câmara, o deputado Bira do Pindaré (MA), criticou a falta de investigação dos casos de corrupção do governo Bolsonaro. O parlamentar listou uma série de denúncias das últimas semanas e destacou a falta de investigação por parte dos órgãos de controle.
“Todo dia estoura um escândalo, no MEC pastores pedem propina em barra de ouro, até Viagra resolveram superfaturar. O Brasil é hoje o país da impunidade, porque tem corrupção e ninguém investiga. Até aqueles que diziam que iam acabar com a mamata estão calados”, lamentou o socialista.
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Bira afirmou que até o Ministério Público, que deveria ser independente, está silenciado. Destacou a postura da Polícia Federal, que quando abre investigações que desagradam o presidente tem delegados destituídos de suas funções.
“E o que dizer do Coaf? que tantas vezes trouxe informações importantes e hoje, na prática, não existe mais. Os órgãos de controle que eram para fiscalizar não têm mais autonomia, não têm mais credibilidade, ninguém mais espera providências porque Bolsonaro os colocou em uma camisa de força”, criticou.
Ele se referia ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que é uma unidade de inteligência financeira do governo federal e que deveria atuar no combate e prevenção de lavagem de dinheiro.
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) também manifestou sua indignação diante dos escândalos envolvendo o governo Bolsonaro. “Não é possível que a gente não tome uma providência clara para investigar o Ministério da Educação. A educação está perdendo recursos para ceder espaço à política clientelista. Além disso, tem os escândalos das Forças Armadas. Temos que ter responsabilidade com isso, investigar dentro e fora do Congresso” reforçou.
O também deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) é enfático ao dizer que o governo de Jair Bolsonaro criou uma forma de responder à corrupção que inclui o silêncio como método. Segundo o parlamentar, o governo seleciona partes das denúncias a que vão responder e adotam o silêncio até que o assunto seja sobreposto pelo próximo escândalo.
“Bolsonaro vive de cizânias. Ele cria uma polêmica atrás da outra para se manter no foco do seu eleitorado como se fosse ele mesmo o anti-Estado, aquele que sozinho enfrenta o sistema. A verdade é que esse governo está mergulhado em corrupção”, afirma Elias Vaz, que iniciou uma série de investigações sobre o mal uso do cartão corporativo do presidente e do dinheiro público por parte das forças armadas.