
Nessa terça-feira (17), o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama lançou mundialmente o livro “Uma Terra Prometida” (Companhia das Letras), detalhando suas memórias na Casa Branca. Em entrevista a Folha de S. Paulo, ele contou um pouco mais sobre a obra.
Segundo Obama, o livro destina-se aos jovens americanos que saíram às ruas para protestar “contra a separação de famílias, a violência armada e a brutalidade policial”.
“É um convite para mais uma vez reformarem o mundo e, com trabalho árduo, determinação e uma grande dose de imaginação, criarem uma América que finalmente se alinhe com o que existe de melhor dentro de nós”, afirma.
O novo líder dessa esperança de uma América melhor foi eleito há onze dias nos EUA, derrubando o extremista e aliado de Bolsonaro, Donald Trump. Sobre Joe Biden, Obama narra o que o levou, na época, a escolher o democrata para ser seu vice-presidente.
“Essa empatia, essa honradez, a crença de que todos têm valor – isso é quem Joe é. E foi por isso que durante oito anos eu quis que ele fosse o último na sala comigo sempre que eu precisava tomar uma decisão importante”, afirmou. “Ele me fez um presidente melhor. E sei que ele nos tornará um país melhor.”
O Brasil
No livro Obama também narra uma visita a uma das favelas no Rio de Janeiro e conjectura sobre o efeito que pode ter tido nos meninos e meninas negras que o observavam de suas casas num país de racismo profundamente enraizado, ainda que com frequência negado.
Ainda sobre o Brasil, está presente também o encontro com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, a quem tece elogios e críticas. “Não há como negar o dom que Lula possuía de se conectar com as pessoas e o progresso que foi feito nesse período para tirar pessoas da pobreza”, afirma.
No entanto, na obra, o ex-presidente dos EUA campara o petista com um chefão de Tammany Hall, uma organização política nova-iorquina da virada do século 18 para 19 associada a corrupção e abuso do poder.
“Sempre havia rumores girando em torno dele sobre clientelismo, e está claro que o Brasil ainda tem problemas profundos com a corrupção sistêmica.”
Confira a entrevista completa aqui.
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