
Esta semana, a Netflix lançou um documentário sobre a vida da ex-primeira-dama norte-americana Michelle Obama. Inspirado na autobiografia homônima de Michelle (2018, Penguin Random House), a versão série de Becoming explora menos a abordagem intimista oferecida na versão escrita e se detém à jornada cumprida durante a turnê promocional de seu livro, que em menos de cinco meses se tornou um mais vendidos da história.
Produzido pela documentarista Nadia Hallgreen, a produção traz entrevistas promocionais que a primeira-dama concedeu a grandes personalidades da TV, como Oprah Winfrey e Stephen Colbert, sobre o que aconteceu em seus oito anos na Casa Branca, quando, segundo ela, “a vida deixou de lhe pertencer”.
Pela tela, o público poderá visitar a casa da infância da protagonista na zona sul de Chicago, acompanhada de sua mãe e seu irmão, seu dormitório de quando era pequena, e parte da infância, com os natais e seu falecido pai.
Desenvolvido em colaboração com a Higher Ground Productions, a produtora do casal Obama, a série também confere um protagonismo importante à questão racial. Obama recorda que foi em Princeton onde, pela primeira vez, se sentiu parte de uma minoria discriminada. A mãe de sua colega de quarto estava “horrorizada” porque compartilhava apartamento com uma pessoa não branca.
Dedica um momento especial a recordar os jovens afro-americanos que morreram por causa da violência policial, e a maioria dos encontros para falar de seu livro é com estudantes de minorias raciais. Esta é uma das chaves do filme. Convida todos eles, repetidamente, a devorarem o mundo e transpassarem a ideia de que o futuro está em suas mãos.
Com informações do El País.