
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que sofre pressões de caciques do seu próprio partido para desistir de se candidatar à presidência, já admite estar fora da disputa. Mas continua a defender a chamada terceira via, que pretende se contrapor a Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), até agora sem nenhum sucesso.
A pressão interna está por conta de ex-presidentes do PSDB, como os ex-senadores Tasso Jereissati e José Aníbal e o deputado Aécio Neves. A bancada federal do partido, governadores e candidatos nos estados já se colocaram contra Doria ainda nas disputas pelas prévias, disputadas com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Com o posicionamento, os ex-presidentes tucanos pretendem atrair a ala descontente, que teme que a alta rejeição a Doria e o impacto negativo da candidatura dele possa azedar suas candidaturas.
“Não vou colocar o meu projeto pessoal à frente daquilo que sempre foi a índole. O meu país é mais importante do que eu mesmo. Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil”, alegou Doria durante evento virtual do banco BTG Pactual, nesta terça-feira (22).
Leia também: Doria acena para Moro logo após ser escolhido para disputar as eleições 2022
Para Doria, ex-aliado de Bolsonaro, defendeu as pré-candidaturas do ex-juiz parcial Sérgio Moro (Podemos) e da senadora Simone Tebet (MDB-MS) até “o esgotamento do diálogo”. O PSDB tem mantido conversas com o Cidadania, MDB e União Brasil.
Tebet, durante conversa por telefone com Doria, deu um recado direto ao tucano.
Numa conversa telefônica, a senadora Simone Tebet, pré-candidata à Presidência pelo MDB, fez uma avaliação pragmática ao governador João Doria, pré-candidato pelo PSDB.
“O centro democrático vai se afunilar. Por isso, quem quer apoio, tem que estar disposto a apoiar”, disse a senadora.
Com informações do O Globo e g1