Segundo o interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, as manifestações de rua realizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro são exemplos de que “a democracia está em sua plenitude”

Em entrevista a revista Veja, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que não sabe o que foi o Ato Institucional nº 5 (AI-5), responsável pelo período de maior repressão da ditadura militar (1964 -1985).
“Nasci em 1963, não sei nem o que é AI-5, nunca nem estudei para descobrir o que é. A história que julgue. Isso é passado, acabou”, afirmou.
Parte do governo “militarizado” do presidente Jair Bolsonaro, Pauzello avalia as manifestações de rua realizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro — que incluem bandeiras pela intervenção militar, contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso— são exemplos de que “a democracia está em sua plenitude”.
Logo após, o general defendeu a presença dos militares na pasta, dizendo que dos quinze militares da ativa que trouxe para auxiliá-lo, apenas quatro estão em cargos de chefia e o restante é técnico.
“Qual é o problema nisso? Militar é um recurso humano formado e pago pelo contribuinte. Esse estigma precisa acabar.”
Interpelado sobre declaração do ministro do STF Gilmar Mendes de que “o Exército está se associando a um genocídio”, Pazuello disse não ter ficado incomodado e afirmou que ambos já conversaram sobre o ocorrido.
“Foi uma conversa muito mal colocada, atravessada, num momento errado e de uma pessoa que não precisava falar isso. Mas eu e o ministro Gilmar já conversamos”
Condução do governo diante da pandemia
Ao ser questionado se o presidente Jair Bolsonaro era um mau exemplo na pandemia, Pazuello sugeriu o defendeu. “Talvez não seja tão negativo ter uma pessoa dizendo que não precisa ter esse temor todo. Dá um pouco de esperança de que a vida pode ser normal”, afirmou.