
Efetivado há menos de um mês no cargo de ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta última quarta-feira (7) que “nem sabia o que era o SUS”, o Sistema Único de Saúde, antes de ocupar o posto que lhe foi conferido por Jair Bolsonaro (sem partido). A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa de lançamento de campanha do Outubro Rosa, promovida pela pasta, para divulgar formas de detecção e prevenção precoce do câncer de mama.
“Eu não sabia nem o que era o SUS. Eu passei a minha vida sendo tratado em instituição pública do exército, vim conhecer o SUS a partir deste momento da vida e compreendi a magnitude dessa ferramenta que o Brasil nos brindou”, confessou Pazuello.
De acordo com o ministro, a ferramenta dá ao país a “capacidade de ser referência nos combates de muitas doenças no Brasil”. Durante o discurso, ele enfatizou que o SUS garante auxílio integral às mulheres que procuram atendimento.
“O SUS garante essa assistência integral para os pacientes de câncer. Existem deficiências pontuais, mas se você olhar o todo, realmente é uma missão bem muito conduzida”, completou o ministro.
Pazuello assumiu o ministério interinamente em plena escalada da crise sanitária que ainda ocorre no país, após dois ministros demissionários em sequência: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. No dia 16 de setembro, quatro meses após assumir a pasta em caráter não-oficial, o ministro foi efetivado em cerimônia no Palácio do Planalto.
Além de Pazuello, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, participaram do evento.
Minimizando a pandemia
No evento de ontem, o ministro também voltou a minimizar a gravidade da Covid-19 e rejeitou a possibilidade de uma segunda onda da pandemia no país. Ele disse que o verdadeiro desafio do sistema de saúde brasileiro será lidar com a demanda represada por atendimento.
“Sobre pandemia, ficou claro que aconteceu uma diminuição do atendimento, mas não é só do câncer. É de todas as doenças. E quando há esse represamento desses atendimentos, ele vai se juntar com as demandas normais de 2021 que estão pela frente”, disse o ministro. “A segunda onda é exatamente as doenças e os tratamentos que foram interrompidos ou que não foram começados”, completou.