
Marcelo Freixo (PSB), candidato ao governo do Rio de Janeiro, voltou a defender sua mudança de opinião sobre a liberação da drogas nesta terça (30), em entrevista à CNN. O socialista reafirmou que teve a “capacidade de escutar” famílias mais pobres e elaborar um novo entendimento sobre o assunto.
“Não há recuo. Há uma mudança de opinião. As pessoas podem mudar de opinião, porque o mundo se transforma. Eu estou há mais de um ano e meio conversando principalmente com as famílias mais pobres nos lugares onde tem muita morte, muita violência”, afirmou.
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O socialista garantiu que não se trata de estratégia eleitoral. “Se trata de uma mudança de opinião, o que pode acontecer. […] Essa é uma opinião que eu mudei. E não fui eu que mudei, foi o Brasil que mudou.”
O candidato defendeu também que a segurança pública é composta por “dois braços”. O primeiro seria uma “polícia eficiente”, o que inclui acesso a equipamentos adequados e condições dignas de trabalho. O segundo, investimento social nas áreas mais pobres, com instalação de bibliotecas, espaços para prática esportiva, cultural e capacitação profissional.
Em 2008 Freixo ficou conhecido por presidir a CPI das Milícias, que indiciou 225 pessoas, incluindo policiai civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários. O socialista reiterou que mantém uma boa relação com as forças policiais. “Tenho uma ótima relação com a boa polícia”.
Freixo falou, ainda, sobre a aliança dos oito partidos em torno de sua candidatura e das relações com o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o PSDB, de seu candidato a vice-governador, Cesar Maia.
O deputado elogiou Maia na gestão a prefeitura da capital fluminense e disse que a vinda dele fortalece a chapa. “Essa aliança que nós fizemos no Rio é a maior aliança que esse campo progressista já fez na história do Rio de Janeiro. E isso mostra a responsabilidade, maturidade e um diálogo com a realidade que a gente está vivendo”, finalizou.