Carlos Henrique Oliveira foi promovido a número 2 da PF e Tácio Muzzi assume cargo de Superintendente da corporação no RJ

Em sua primeira ação como diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, definiu o delegado Tácio Muzzi como novo superintendente da corporação no Rio de Janeiro.
O cargo é foco de interesses do clã Bolsonaro e foi um dos alvos de embate do presidente com o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que pediu demissão acusando o presidente de tentar interferir nas investigações da corporação.
Após forte pressão interna e externa, o nome de Muzzi foi escolhido sem que estivesse entre os indicados de Bolsonaro e teve aval do ainda chefe do órgão no estado, Carlos Henrique Oliveira, promovido a número dois da PF.
Muzzi ficou no posto de superintendente interino por cinco meses no ano passado, após uma crise explodir em agosto, quando o presidente pediu, pela primeira vez, a troca da chefia no Rio. Na época, ele era braço direito de Ricardo Saadi, que deixou o cargo após Bolsonaro anunciar a demissão em uma entrevista em Brasília.
Mesmo sem estar na lista dos indicados pelo presidente, a ação de Rolando Souza ainda assim levantou suspeitas por ir em frente com a troca na PF do Rio. O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), comentou sobre o ocorrido em um debate promovido pela CNN.
“Eu considero muito estranho que o presidente tenha perdido a confiança no superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, no ex-superintendente, e após a troca do diretor-geral da Polícia Federal esta pessoa seja promovia”
Alessandro Molon