Ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello não citou a intenção da pasta de ampliar o uso da cloroquina

Na Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS) os países tiveram cerca de dois minutos cada um para expor suas estratégias de combate ao coronavírus. Representando o Brasil, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello falou sobre o ajuste de protocolos do Ministério da Saúde “baseado em evidências”, sem citar a intenção da pasta de ampliar o uso da cloroquina.
Além disso, Pazuello disse que o governo “acessa diariamente a situação dos riscos e apoia cidades e estados com os recursos necessários para reduzir os efeitos da pandemia” e citou ajuda às regiões Norte e Nordeste do país.
No entanto, na região Norte, só a capital, Manaus, tem serviço de UTI. A rede estadual colapsou em abril e opera com 82% da capacidade, por exemplo. Profissionais da saúde pelo país relatam falta de equipamentos de proteção individual e falta de testes para aplicação em massa.
Segundo Pazuello, o Ministério da Saúde “tem ajustado seus protocolos, baseado em evidências e na necessidade das regiões mais afetadas”.
Após a saída de Nelson Teich, o Ministério da Saúde passou a elaborar novo protocolo para uso da cloroquina em pacientes com quadro leve, mesmo sem evidências científicas que apontem eficácia e na contramão de estudos recentes. Hoje o protocolo adotado pela pasta prevê o uso do medicamento apenas em pacientes graves.
Coronavírus no Brasil
Nessa segunda (18), o Brasil registrou 674 novas mortes, 13.140 novos casos e é agora o terceiro país com mais casos no mundo ao superar o Reino Unido. O total de óbitos no país é de 16.792.
O Ministério da Saúde conseguiu entregar até agora somente 823 respiradores, 6% do que havia prometido para apoiar redes de saúde no tratamento de casos graves de coronavírus.