
Em seu discurso na Marcha para Jesus, realizada neste sábado (25) em Balneário Camboriú (SC), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a insinuar que não aceitará uma possível derrota para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro repetiu que atua dentro das “quatro linhas da Constituição”, mas que será preciso tomar “decisões que devam ser tomadas”. Sem explicar a que medidas se referia, reiterou que tem um “exército de 200 milhões de pessoas”.
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“Sempre tenho falado das quatro linhas da Constituição. Tenham certeza: se preciso for, e cada vez mais parece que será preciso, nós tomaremos as decisões que devam ser tomadas. Porque, cada vez mais, eu tenho um exército que se aproxima dos 200 milhões de pessoas nos quatro cantos desse Brasil”, disse Bolsonaro.
Diante da multidão que participava do evento religioso, o presidente disse seus apoiadores formam maioria do povo brasileiro. Ainda que as pesquisas, incluindo a pesquisa DataFolha divulgada nesta semana, mostrem o contrário.
“Não podemos esperar chegar 23, ou 24, e olhar para trás e nos perguntarmos a nós mesmos o que nós não fizemos para que chegássemos a essa situação difícil de hoje em dia. Nós somos a maioria, a democracia é vocês, vocês têm que dar o norte para todos nós”, acrescentou o presidente.
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Os números da pesquisa Datafolha mostram que o governo do presidente é reprovado por 47% da população, enquanto apenas 26% aprovam.
A pesquisa mostra, ainda, que se a eleição fosse hoje o ex-presidente Lula seria eleito já no primeiro turno. O atual presidente voltou a comparar a esquerda ao “mal” e criticou os países sul-americanos que são governador por partidos de esquerda.
E fez questão de destacar a Colômbia, onde no último domingo Gustavo Petro se tornou o primeiro político de esquerda eleito presidente.