No Brasil, o canal do YouTube, Meteoro Brasil, produziu um documentário que levanta o debate sobre o tema

Na Alemanha, mais de 20 organizações e 160 personalidades lançaram uma apelo público na internet, nesta terça-feira (19/05), para introdução urgente de uma renda básica incondicional no país.
O manifesto avalia que diante da crise da covid-19 “fica claro que as medidas econômicas e sociais adotadas para amenizar as consequências da pandemia não levaram até agora a uma renda segura para todas as pessoas”, informou o DW.
Para esses defensores da política de proteção social, uma renda concedida de forma universal poderia assegurar melhores condições de sobrevivência e mais protagonismo social às pessoas nas cidades.
Entre os signatários e signatárias do apelo estão Stephan Lessenich, professor de Sociologia da Universidade Luís Maximiliano de Munique (LMU); Christin Lahr, professora de Arte Midiática na Universidade de Artes Gráficas em Leipzig; e Katja Kipping, copresidente do partido A Esquerda.
Renda básica no Brasil
O debate em torno da necessidade de um sistema de proteção social foi objeto de prospecção feita pelo canal do YouTube, Meteoro Brasil. De acordo com o canal, nas próximas décadas cerca de 27 milhões de brasileiros devem perder seus empregos em função da automação.
Além de elencar iniciativas ao redor do mundo, por aqui o Meteoro Brasil destaca a ideia de renda básica cidadã, defendida de forma incondicional pelo ex-senador Eduardo Suplicy há cerca de 20 anos.
Na proposta brasileira, Suplicy sugere uma transferência de renda direto do governo para o cidadão, que seria progressiva e desburocratizada, sem exigir condições.
” A ninguém ser negada [a renda básica incondicional] não importa a origem, raça, sexo, idade, condição civil ou sócio-econômica”, explica Suplicy.
Ainda nessa linha, um estudo do economista estadunidense Karl Widerquist, mencionado no documentário, estimou que o governo dos EUA poderia transferir à sua população cerca de 539 bilhões de dólares. Segundo a análise do economista, esse valor não ultrapassaria 3% do Produto Interno Bruto (PIB) anual do país.