
Uma ação civil pública do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), ajuizada na quarta-feira (13), pede o fim do acampamento do movimento 300 do Brasil, pró-Bolsonaro, na capital federal. Na ação, o MPDF solicita a imediata desocupação da área, localizada na Esplanada do Ministério, próxima ao Ministério da Justiça, registra a Folha.
Assinada pelos promotores Flávio Augusto Milhomem e Nísio Tostes Ribeiro Filho, a ação ainda pede busca e apreensão e revista pessoal nos integrantes do grupo, para saber se há armas de fogo em situação irregular, assim como a posse dos armamentos.
O movimento bolsonarista liderado por Sara Winter, ex-feminista convertida ao conservadorismo, ganhou notoriedade ao anunciar um grande acampamento para treinar militantes dispostos a defender o governo.

Em entrevista à Folha, a líder do movimento reconheceu que integrantes do 300 do Brasil possuem armas de fogo, mas alegou serem usadas apenas para a defesa dos próprios membros e não em atividades de militância.
Milícia armada
Na ação, os promotores descrevem o grupo como milícia armada e colocam Sara Winter na posição de ré, assim como o próprio Distrito Federal.
A medida solicita ainda ao DF, em caráter liminar, que, aplique a política de distanciamento social contra a covid-19, proibindo a aglomeração de pessoas para manifestações populares.
De acordo com a Folha, o Instituto Sou da Paz encaminhou parecer à Câmara Legislativa do DF em que aponta indícios de crimes por parte do movimento pelo porte de armas.
As violações estão ligadas ao artigo 50 da Constituição e do artigo 288, do Código Penal, que trata de grupos paramilitares.
Com informações da Folha.