“Minha disputa é com Romário, que é o candidato de Bolsonaro”, afirma o deputado federal Alessandro Molon ao confirmar que não desistirá de candidatura ao Senado Federal.

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira (5), o deputado federal Alessandro Molon (PSB) afirmou que não irá desistir da candidatura ao Senado Federal e reiterou que nunca fez acordo com o PT para que a vaga fosse destinada a André Ceciliano.
“Eu quero deixar claro que nunca houve um acordo do PSB com o PT para que essa vaga fosse cedida. Eu nunca participei de acordo para que essa vaga fosse cedida para o PT, nem de minha parte como presidente do PSB no Rio de Janeiro e nem da parte do presidente nacional, Carlos Siqueira, que me autorizou a dizer isso expressamente”, enfatizou.
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O socialista disse que tem recebido forte apoio popular e que iniciou hoje uma campanha de arrecadação coletiva para a campanha que tem apoio de artistas como Caetano Veloso, Maria Gadu e Anitta. Além de movimentos como o 342 artes, encabeçado por Paula Lavigne e que ajuda na organização da vaquinha virtual.
“Nossa disputa é com o Romário, que é o representante do bolsonarismo nas eleições para o Senado e nós vamos enfrentá-lo e essa é a tarefa que eu recebi dos partidos que aqui estão ao meu lado, me sustentando, além de intelectuais, artistas e pessoas do povo.”
Molon confirmou que existe pressão por parte de alguns setores do PT para que o PSB retire o apoio financeiro à campanha, no entanto, reforçou que nem mesmo assim desistiria.
O socialista destacou as pesquisas que já o colocaram à frente de Romário na corrida ao Senado e que a candidatura de Ceciliano não tem chances reais de enfrentar o candidato do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
O acordo entre os dois partidos também não foi possível em estados como a Paraíba, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio ao candidato do MDB em detrimento da candidatura do atual governador João Azevêdo, do PSB.
O próprio Carlos Siqueira já se manifestou a favor da autonomia do PSB nos estados e lembrou que as disputas entre as legendas integram o jogo democrático.
Molon mostrou sintonia com Carlos Siqueira e reforçou que os partidos não podem perder de vista o objetivo principal que é eleger Lula e Alckmin nas eleições de outubro.
“É fundamental derrotar Bolsonaro. O Brasil vive um momento dramático”, disse.
PT mantém apoio a Freixo
Também nesta sexta, o PT decidiu manter o apoio a candidatura de Marcelo Freixo (PSB) mesmo diante da manutenção do nome de Molon na disputa ao Senado Federal.
No entanto, o candidato oficial da coligação será o petista André Ceciliano. Em suas redes sociais, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann confirmou a decisão.
“A Comissão Executiva Nacional do PT confirma o apoio à chapa Marcelo Freixo (PSB) para governador e André Ceciliano (PT) para senador no Rio de Janeiro. Com Lula e Alckmin vamos juntos reconstruir nosso Brasil”, escreveu.