
O evento de moda Brasil Eco Fashion Week – BEFW chegou à sua quarta edição com conteúdos gratuitos transmitidos totalmente online no site e no YouTube. Durante 10 dias de evento, foram quase 400 mil interações nas redes sociais.
Leia também: “Volta por cima” propõe empréstimo sem juros nas periferias
Realizado em novembro, o BEFW teve aumento de 250% no alcance de público em relação a 2019 – confirmando o interesse e a demanda por cadeias produtivas e de suprimentos mais sustentáveis, apontou reportagem do Portal Terra.
“Há expectativas para que o setor da moda lidere uma produção inovadora, circular e sustentável que atenda às exigências do meio ambiente e do mercado”, explica Rafael Morais, diretor executivo do evento.
Moda sustentável
Com o tema “Conectar para regenerar: Moda e Planeta“, o BEFW realizou 33 painéis de conteúdo educacional e inspiracional, 13 workshops multiplicando saberes, 18 desfiles consolidando o segmento na moda brasileira e expôs 61 marcas no Mercado Eco – que segue ativo em dezembro, com aplicativo desenvolvido exclusivamente para o evento, focado em transparência e rastreabilidade por blockchain.
A versão online reuniu 123 painelistas do Brasil e EUA, Inglaterra, Chile, Portugal e Índia com temas da moda com intersecção entre cultura, inovação, tecnologia e negócios. As pautas atendem ao público interessado em responsabilidade social e ambiental na cadeia produtiva da moda, em sua maioria, pessoas de 18 a 40 anos.
Além de criatividade, arte, cultura e matérias-primas na cadeia de valor, a moda promove o desenvolvimento social e econômico. Trata-se de um setor que emprega 75% de mulheres em suas etapas produtivas. Portanto, a moda deve fazer parte da estratégia de crescimento do país – sobretudo porque essa indústria é bastante estruturada.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – ABIT, com a cadeia têxtil mais completa do Ocidente, o Brasil engloba desde a produção das fibras até os desfiles de moda, passando por fiações, tecelagens, beneficiadoras, confecções e varejo.
Cláudia Leitão, com o painel “A Economia Criativa como estratégia de desenvolvimento sustentável“, ressaltou na abertura do evento que a economia tradicional depende da economia criativa para se desenvolver: “Enquanto a confecção é um setor tradicional da indústria, o design de moda é o que vem transformando essa indústria”, afirmou.
Além disso, enquanto setor criativo, “a moda deve se comprometer com o desenvolvimento sustentável que valorize e promova maior projeção aos saberes locais e toda a biodiversidade natural e cultural do país”, afirmou a especialista em Economia Criativa, pesquisadora de Indústrias Criativas da Universidade Estadual do Ceará, e consultora da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Para maiores informações: Website: http://brasilecofashion.com.br
Com informações do Terra