O presidente voltou a causar aglomeração em meio a pandemia, mas amenizou ataques ao Congresso e Judiciário

Em mais uma manifestação pró-governo durante a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro apareceu nesse domingo (17) no alto da rampa do Palácio do Planalto acompanhado de 11 ministros, entre eles Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Onyx Lorenzoni (Cidadania), André Mendonça (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Abraham Weintraub (Educação).
Em discurso mais ameno do que adotou em outros protestos, o presidente tentou demonstrar que a manifestação era democrática e não pretendia violar a Constituição ou afrontar outros Poderes.
“Existe política com participação espontânea popular. Isso não tem preço. Agradeço a todos que estão aqui, que torcem para que o Brasil realmente ocupe o lugar de destaque que ele merece. Nenhuma faixa, nenhuma bandeira que atente contra a nossa Constituição e contra o Estado democrático de direito. Nisso, o movimento está de parabéns”, discursou.
Apesar da fala do presidente, antes da chegada de Bolsonaro, manifestantes do grupo chamado de “300 do Brasil” se aproximaram do STF e passaram a gritar palavras de ordem como “STF preste atenção, sua toga vai virar pano de chão” e “ministro, você come e o povo passa fome”.
Além disso, no alambrado metálico bem em frente ao Planalto, foi colocada uma faixa com as inscrições “Fora Congresso, STF, sabotadores. Nova Constituição anticomunista. Criminalizar o comunismo!”, mas os donos da faixa foram abordados por um homem que conversa com o grupo e retiram-na do local antes da chegada do presidente.