
No último domingo (10), o ministro da Justiça, André Mendonça, anunciou que pedirá abertura de inquérito policial contra o escritor Ruy Castro e o jornalista Ricardo Noblat.
Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, Ruy Castro citou o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954, que foi acompanhado por uma carta com a frase “deixo a vida para entrar na história”, tratada por historiadores como um documento político. Em seguida, Castro comentou a situação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes da saída dele do cargo no próximo dia 20 e sugeriu que o presidente estadunidense poderia se matar para tornar-se “mártir”, “herói” ou “ícone” para seus seguidores.
No mesmo texto, o autor afirmou que o presidente Jair Bolsonaro costuma imitar as ações de Trump e sugeriu, então, que ele “poderia segui-lo também nesse gesto”.
“Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo”, diz um trecho da coluna.
Repercussão e fala do ministro
O texto foi replicado nas redes sociais por Ricardo Noblat. Mais tarde, Noblat excluiu as publicações originais e explicou que apenas compartilhou o artigo como parte de um “clipping diário da mídia” que costuma fazer.
Após críticas ao texto nas redes sociais, o ministro da Justiça afirmou que “alguns jornalistas chegaram ao fundo do poço” e disse que pediria abertura de inquérito policial sobre o caso.
Em nota, a Folha afirmou que o “colunista emitiu uma opinião; pode-se criticá-la, mas não investigá-la”.
Com informações do Globo