
O governo fascista de Bolsonaro prega muitas ideias equivocadas como, por exemplo, a liberação de armas para qualquer pessoa interessada mesmo sendo incapaz de manuseá-las. Prova disso é o próprio presidente, que já foi assaltado e mesmo com arma na cintura não soube o que fazer – em suas próprias palavras “mesmo armado me senti indefeso”.
Mas o caso recente aconteceu com o ex-ministro da Educação, Milton “barra de ouro para pastores” Ribeiro. Na segunda-feira (25), o bolsonarista precisou prestar esclarecimentos à Superintendência da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal depois de disparar acidentalmente uma arma de fogo dentro do aeroporto de Brasília.
De acordo com o pastor evangélico, o disparo ocorreu no momento em que ele foi separar a arma do carregador, dentro de sua pasta de documentos. Ribeiro disse ter “medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão” da empresa aérea. Segundo ele, como “havia outros objetos dentro da pasta, o local ficou pequeno para manusear sua arma. O declarante, com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental”, afirmou.
Como despachar Arma de Fogo
O erro grotesco cometido pelo pastor Ribeiro felizmente não foi mais grave do que poderia ter sido – como ferimentos graves ou a morte de uma pessoa. Apesar disso, uma funcionária da companhia aérea Gol, que não teve a identidade revelada, foi atingida por estilhaços e atendida no local. De acordo com nota da empresa aérea, a funcionária passa bem e não teve ferimentos graves. Segundo a GOL, “a funcionária foi atingida por estilhaços, mas sem nenhum ferimento grave. Ela está bem e recebendo suporte da GOL”.
Tudo isso por ignorância. Isso porque com a Resolução nº 461/2018, de 25/01/2018, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), é preciso que o passageiro deverá apresentar toda a documentação relativa a arma a ser despachada, devendo esta estar desmuniciada/descarregada e devidamente acondicionada para o transporte – e isso deve ser feito na sala da Polícia Federal no aeroporto, caso existente, ou na Superintendência Regional ou Delegacia da Polícia Federal responsável pelo aeroporto de embarque.
Não foi o que aconteceu e isso só demonstra que incompetência aliada à péssimas ideias podem gerar prejuízos à vida da população: no caso em questão, armar pessoas que não sabem o que estão fazendo.