por: Da Redação Postado em: 20/11/2023 - 17:26 Atualizado em: 20/11/2023 - 17:26
“Tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado”, disse o novo presidente da Argentina
“A vitória de Milei na Argentina é um grande retrocesso para a América Latina. Ele é mais inteligente, mais radical e mais moderno do que Bolsonaro. Portanto, muito pior. Milei usa uma retórica revolucionária para propor uma radical contra-revolução. Como a esquerda mundial abriu mão da verdadeira revolução, a direita radical apropriou-se da forma para um conteúdo profundamente reacionário. Mais um motivo para a esquerda brasileira se repensar.”
Domingos Leonelli
Por Brasil 247 –
O novo presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou nesta segunda-feira (20) Milei que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado”. Neste sentido, anunciou que vai privatizar a estatal petrolífera YPF e os meios de comunicação públicos, a Rádio Nacional, a TV Pública e a agência de notícias Télam, a maior do país. “Tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado”, disse Milei.
“A YPF primeiro precisa ser recomposta. Desde que o senhor Kicillof decidiu nacionalizá-la, a deterioração que foi feita à empresa em termos de resultados para que ela valha menos do que quando foi expropriada”, afirmou Milei, segundo o jornal Página 12.
Apesar da declaração, Milei não estabeleceu prazos para a privatização da companhia, limitando-se a ressaltar que “na transição que pensamos na questão energética, a YPF e a Enarsa têm um papel. Desde que essas estruturas sejam racionalizadas, elas serão colocadas para criar valor para que possam ser vendidas de uma forma muito benéfica para os argentinos”.
Milei também disse que irá privatizar os meios de comunicação ligados ao estado por considerar que “a TV Pública se tornou um mecanismo de propaganda”. Segundo ele, durante a campanha “75 por cento do que foi dito sobre o nosso espaço foi feito de forma negativa, com mentiras e apoiando a campanha do medo”. “Não aderi a essas práticas de ter um ministério de propaganda”, completou
