
O conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump, Steve Bannon, chegou ao escritório do FBI em Washington na manhã de segunda-feira, 15, antes de uma audiência agendada para enfrentar as acusações de ter se recusado a cooperar com a investigação sobre a invasão do Capitólio (Parlamento norte-americano) no dia 6 de janeiro. Ele é considerado o principal mentor do filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Bannon é o estrategista da extrema direita mundial e próximo do governo Jair Bolsonaro no Brasil. Em algumas oportunidades, ele se encontrou com o deputado federal e filho de Jair, Eduardo Bolsonaro. Em várias ocasiões, ele aparece em fotos ao lado do parlamentar em suas redes sociais.
“Ele deve se render às autoridades na segunda-feira e fazer sua primeira aparição no tribunal federal, de acordo com o Departamento de Justiça”, informou a agência de notícias Reuters.
Bannon foi formalmente denunciado pela justiça dos Estados Unidos por desacato ao Congresso, informou o Departamento de Justiça norte-americano na sexta-feira, 12. É a primeira vez em 38 anos que alguém é indiciado por essa acusação nos EUA.
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Cada acusação de desacato ao Congresso norte-americano pode render a Bannon entre 30 dias a um ano de prisão, além da multa de US$ 100 a US$ 1 mil. O juiz determinará a sentença depois do julgamento do caso.
Nos últimos anos, quem estreitou relações com Steve Bannon foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também se aproximou do círculo de ex-assessores de ultradireita que definiram as estratégias da eleição e da tentativa de reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
Em setembro, o filho “Zero Dois” de Jair Bolsonaro (sem partido) busca repetir a estratégia da ultradireita para tentar salvar o chefe da família.
Em dois meses, Eduardo se encontrou com Bannon em evento conservador nos Estados Unidos e trouxe para o Brasil o ex-assessor de Comunicação, Jason Miller, e o filho de Trump, Donald Trump Jr.
Com informações do Brasil 247