
O Ministério da Educação (MEC) não quer homologar a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que estendeu a autorização para as aulas remotas até o fim de 2021, afirma Folha de S. Paulo. Posicionamento da pasta tenta forçar o retorno das aulas presenciais.
Comandante do ministério, o pastor Milton Ribeiro confirmou que vai conversar com o conselho sobre a não homologação. “Se eu tiver uma decisão do MEC dizendo que [o prazo] é 2021, vão falar que é decisão do governo federal”, disse o ministro ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na noite desta quinta-feira (26).
Essa flexibilização do CNE, devido a pandemia de Covid-19, atinge a educação básica e superior. Caso a resolução não seja homologada, municípios, estados e universidades não poderão computar no próximo ano as atividades remotas como carga horária de aula, como vem ocorrendo neste ano.
O entendimento dos conselheiros com a dilatação do prazo foi permitira convivência entre o ensino presencial e não presencial em 2021, inclusive em processos de recuperação.
O ministro, no entanto, afirmou, na transmissão com o presidente, que o MEC quer o retorno das aulas presenciais, mas que isso está nas mãos de estados e municípios. “O parecer da minha equipe é que volte as aulas, inclusive descrevemos protocolos de segurança”.
Apesar disso, só após mais de seis meses com escolas fechadas, a pasta anunciou uma linha de financiamento relacionada a Covid -19. Além disso, de acordo com a Folha, dois secretários do MEC terem votado a favor do texto no conselho.
Com informações da Folha de S. Paulo