
A plataforma “Centrômetro” foi lançada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), nessa quinta-feira (4), e permite que as pessoas acompanhem a distribuição de cargos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para os partidos do chamado “centrão”. A página mostra que 15 cargos foram “entregues para indicados do centrão até o momento”, diz o site.
O levantamento revela que, somados, os salários de todos os nomeados chegam a R$ 274,3 mil.
“O presidente Bolsonaro desafiou a imprensa a mostrar quais cargos estavam sendo distribuídos, e para quais partidos. Resolvemos facilitar e divulgar isso de forma organizada. Com nossos dados, será possível ver os cargos distribuídos por legenda, por estado, por orçamento. Dá para fazer gráficos”, afirma o idealizador da página, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).
Já o “total estimado do orçamento anual dos órgãos entregues ao centrão” alcança R$ 71,3 milhões, mostra a página criado pelo MBL.
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O chamado gabinete do ódio também foi incluído no Centrômetro. Isso porque eles teriam emplacado o conselheiro de Itaipu, com Celio Faria Junior que tem salário de R$27 mil. Com esse mesmo salário, o ex-deputado e delatado da Odebrecht, José Carlos Aleluia, é indicado ao conselho da hidrelétrica pelo DEM, partido de Kataguiri.
O presidente Bolsonaro se aproximou do centrão para conseguir base de apoio estável no Congresso, evitando derrotas e até mesmo barrando a possibilidade de um processo de impeachment.
O PSD de Gilberto Kassab, por exemplo, já emplacou quatro indicações, contra três do PR três do MDB, três do PL, uma do PSL e uma do próprio DEM.