
O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), é oficialmente candidato ao Senado. O nome dele foi aprovado neste sábado (23) pelos socialistas e pela federação que reúne PT, PCdoB e PV na disputa das eleições. O nome de Fernado Haddad (PT) para concorrer ao governo de São Paulo foi oficializado.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice-presidência na chapa encabeçada por Lula (PT), também participou do evento.
“Todos os partidos aqui da frente, nós temos uma grande responsabilidade. A eleição nacional passa por São Paulo, não só pelo tamanho do estado, que tem quase um quarto do eleitorado brasileiro, mas porque São Paulo é uma caixa de ressonância, o que acontece aqui ressoa no Brasil inteiro”, disse Alckmin.
França ressaltou que a vitória de Lula em São Paulo pode contribuir para a eleição da chapa formada com Alckmin no primeiro turno.
“Seria uma grande resposta de rebeldia do povo brasileiro fechar a eleição no primeiro turno, para dizer ao presidente Jair que o que ele fez não é aprovado pela maioria”, afirmou.
Ele também elogiou Haddad, para quem França abriu mão de disputar o governo do estado em cumprimento ao acordo de que disputaria o cargo quem estivesse em melhores condições de vencer em São Paulo e ajudar a derrotar o bolsonarismo.
“Confiamos em tudo o que o Haddad representa. A parte técnica, a humana, a sensibilidade e, principalmente, a lealdade”, afirmou.
Haddad, por sua vez, lembrou os vários momentos de disputa entre adversários políticos que se deram de maneira totalmente diferente do extremismo promovido pelo bolsonarismo, especialmente, no plano nacional.
“Bolsonaro não só representa a ditadura militar, ele representa o pior dela. Ele conspira dia e noite contra a nossa democracia e a nossa liberdade.São Paulo e Brasil vão dar as mãos, fazer uma nova revolução democrática. Essa união [da chapa] tem esse espírito”, frisou.
E destacou o papel de Alckmin para a democracia brasileira.
“Não há uma pessoa que possa compor chapa hoje com o Lula melhor que Geraldo Alckmin, não há no Brasil. Uma pessoa com experiência, compromisso democrático. E o fato de ter sido adversário do Lula durante o período democrático só o engrandece”, afirmou Haddad.
O nome que disputará para vice-governador será definido nos próximos dias.
Plano de governo
Em sua fala, Haddad também disse que as sugestões dos partidos da coligação ao plano de governo serão incorporadas nos próximos dias.
Na quarta-feira (21), Márcio França entregou as contribuições do PSB para o Plano de Governo do Estado de São Paulo para Haddad.
Ao entregar o documento, França disse que o PT e o PSB têm que fazer “todo o esforço possível” para evitar a reeleição tanto do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), quanto do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A gente tomou essa decisão de se unir para não correr riscos. Nossa chance de vencer tanto na disputa nacional quanto estadual é enorme e temos que manter essa força até o último segundo”, afirmou.