Bolsonaro discursou e defendeu a manifestação em Brasília que apoiava o golpe

A manifestação, que ocorreu no último domingo (3) em Brasília, defendendo pautas antidemocráticas, foi mobilizada por grupos religiosos e pró-intervenção militar, além de assessores e ex-auxiliares de políticos bolsonaristas, registra a Folha.
Um dos movimentos de apoio ao ato foi o acampamento “Os 300 do Brasil”, montado em Brasília. O grupo tem entre os organizadores o assessor parlamentar Evandro de Araújo Paula, do gabinete da deputada federal Bias Kicis (PSL-DF), e é liderado pela militante Sara Winter, que se declara ex-feminista e aderiu ao bolsonarismo.
Nas redes sociais, o movimento pede adesão dos que estejam dispostas a passar por treinamento com especialistas em “revolução não violenta e desobediência civil”, técnicas de “estratégia, inteligência e investigação” e instrução sobre “táticas de guerra de informação”.
Apontada como principal líder, a militante Sara Winter chegou a atuar no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.
Outro movimento que participou ativamente de convocações foi o “Direita Conservadora”, liderado pelo psicólogo e ativista político Wagner Cunha, de Uberlândia (MG).
Num vídeo em que chama público para o evento, postado no Facebook, Cunha aparece em transmissão com Cibelle Rodovalho, prima do ex-deputado federal Robson Rodovalho, líder da Igreja Sara Nossa Terra, um dos principais apoiadores de Bolsonaro no meio gospel.
Além disso, no vídeo em questão, ele defende que Bolsonaro use as Forças Armadas para destituir ministros do STF.
Em virtude dessas manifestações antidemocráticas e inconstitucionais, a PGR (Procuradoria-Geral da República) está investigando quais são os eventuais organizadores e financiadores de outros atos semelhantes.
Com informações da Folha de S. Paulo.