Nos bastidores, o fato do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) não ser general, a patente mais alta, tem gerado resistência da ala militar

Em meio a crise política, o presidente Jair Bolsonaro segue para sua terceira tentativa de sucessor para Weintraub. Após duas indicações frustradas, o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), é o mais novo cotado para assumir o Ministério da Educação (MEC).
Segundo o G1, o presidente teria ligado para o parlamentar no domingo (5) que se estendeu em um almoço na segunda (6) entre os dois. Bolsonaro apresentou as dificuldades da pasta e ao perguntar se aceitaria o MEC, Vitor Hugo disse que toparia.
Entre os assuntos discutidos, falaram sobre educação básica e profissionalizante, temas que Bolsonaro quer atenção especial. O presidente não quer abrir mão das pautas ideológicas para o País, mas tem ressaltado a necessidade de amenizar conflitos gerados pelo ex-ministro Abraham Weintraub.
Nos bastidores, o nome de Vitor Hugo provocou resistências entre aliados do presidente. Além de não ter interlocução com setores da educação e não possuir currículo com experiência na área, a ala militar tem criticado o fato de o deputado não ser general.
Currículo
Apesar de criticado, Vitor Hugo se mostra na Câmara um homem de confiança do governo e cumpridor de tarefas. Durante reunião com o presidente, já chegou a comentar as medidas que gostaria de implementar se for confirmado no cargo.
Major do Exército, o deputado é mestre em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e é formado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade Federal do Rio, entre outros títulos. Nenhum relacionado com educação.
Com informações do G1 e do Estadão.