
O Dia do Professor é comemorado em todo o país nesta sexta-feira (15). Por isso, socialistas foram às redes socais parabenizar os profissionais da Educação no Brasil enquanto os educadores se dividem entrem retomar ou não as aulas presenciais nas escolas, ainda pressionados por baixos salários. Como exemplo desse cenário, uma pesquisa realizada pelo Instituto Península, entre setembro e outubro, com profissionais de escolas públicas e particulares, 74% acreditam que os professores não são respeitados no Brasil.
Mesmo com a pandemia, quando famílias disseram perceber que não é fácil ser professor, o sentimento dos docentes ainda é de baixa valorização. Por outro lado, quase todos acham que são importantes para a transformação social do País e da vida dos alunos. Mais da metade (52%) diz que é “um orgulho ser professor no Brasil” e ainda dois em cada três deles escolheriam dar aulas novamente, se pudessem voltar no tempo.
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O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), publicou memória do período escolar e lembrou que também é professor. Para o socialista, a valorização da Educação passa pelas melhorias de trabalho para os profissionais do ensino no Brasil, que enfrentam precariedade no dia a dia nas escolas brasileiras, e são fundamentais para o combate às desigualdades no país.
O deputado federal Camilo Capiberibe (PSB-AP) ressaltou as políticas implantadas no Estado do Amapá para garantir a valorização profissional de professores e outros profissionais da Educação, como o incentivo à formação contínua e melhores salários.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB-PE), anunciou o pagamento do Abono Educador para os professores e Abono Pecuniário para outros trabalhadores do setor, iniciativa que beneficiará 6,2 mil profissionais da Educação do município.
O Brasil tem mais de 2 milhões de professores que dão aulas em escolas públicas e particulares. O piso salarial determinado por lei fica em torno de R$ 3 mil. Na pesquisa, só 18% responderam que a remuneração é compatível com o nível de complexidade da sua atuação e 90% disseram que o professor não recebe bons salários. Mesmo assim, quando indagados sobre como se sentiriam mais valorizados, questões como condições de trabalho, aprimoramento da carreira e reconhecimento pela sociedade apareceram mais que o salário.
A pesquisa Valorização da carreira docente: um olhar dos professores foi realizada com 1,1 mil professores de todo o País. A maioria tem entre 36 e 45 anos, dá aulas no ensino fundamental e é mulher.
A média de satisfação com a profissão foi considerada baixa, especialmente entre aqueles que atuam em redes estaduais. Os que se disseram mais satisfeitos estão nas escolas municipais, seguidos dos das particulares.
Com informações do Estado de S. Paulo